Faces da morte
O sereno no meu rosto esfriava
Começo de noite se via o recorte
Da linha horizontal ao norte
Onde a mão do mar ribombava.
Eu, na praia caminhando, cismava
Num destino além do vento forte,
Acenando suas mãos frias de morte
Que em negros assopros me assombrava.
Não tive medo porém do oceano
Que rugia como um bicho insano
Com a boca escura feito o breu,
Dentro da boca as faces das vítimas
Levadas pelas convulsões marítimas
Diante delas então, a voz emudeceu.