Noite de vento

Vem o vento da escuridão

Balançar os meus cabelos ondulados

Esquentar os meus pulsos gelados

Vem invadir o meu olfato

E enganar minha visão

Para cheirar as estrelas

Olhando pro alto

E meditar com os olhos abertos, os sentidos excitados

Imaginando o passado abstrato

No presente de ópio

E o amanhã, quais serão os próximos

Sempre adiante, e nem sempre tão óbvio

Vem o vento cantar o seu fado

O meu, tão melancólico

Rápido o momento

De um vento farto, de um tempo módico