trama no vazio

Relâmpago sobre ossos de outrora traça

E palavras entreabertas na mulher florescem,

Entre montanhas de pedra e margens enigmáticas,

Onde verbos são suspiros, sons de oxigênio e

Gases sutis que tecem a trama do vazio,

Uma mulher, nua, mítica, de corpo em lua

E pedra alva, mãos erguidas, acolhe a água,

Qual memória corrente, pele a escorrer,

Descendo escadas majestosas, passo após passo

Trazendo consigo o tempo, espectro intenso,

Lâminas de vidas gastas, mas que ainda pulsavam,

Guardadas no pote noturno, diurno e no mesmo,

No coração das coisas, onde coisas não são coisas,

Mas seres que bebem e nos alimentam,

Ao lado, como se a vida pronta estivesse,

E toda aparência, a verdade, juvenis traços

Na sombra contínua de quem é, quem sofre,

Empurrava, cada qual à sua maneira, pedras imemoriais,

Na raiva, imperícia, lutas que ecoam pelo tempo,

Cada degrau, um eco de artefatos antigos,

Que ascendem na queda, atravessam o olhar

Da mesma mulher, vórtice atemporal, dos

Fenômenos mais íntimos, forjada apenas

Para murmurar a verdade àqueles no sono,

Desperto soletrar de seu nome, o nome que lhe coube,

Ao saber que a visão é feita da água primordial.

----------------------------------------------------------------

Relâmpago trespassa ossos outrora vivos,

E termos entreabertos na mulher florescem,

No meio de montes pétreos e margens misteriosas,

Onde verbos tornam-se suspiros, oxigênio e

Gases sutis tramam o vácuo da essência,

Uma mulher, desvestida, mítica, forma de lua

E pedra lívida, mãos altas, acolhe o líquido,

Como lembrança escorrendo sobre a pele,

Descendo por escadarias imponentes, passo após passo

Carregando consigo o tempo, espectro intenso,

Lâminas de vidas já gastas, porém pulsantes ainda,

Guardadas no recipiente noturno, diurno e no mesmo,

No âmago das coisas, onde coisas não são meramente coisas,

Mas seres que absorvem e nutrem,

Ao lado, como se a vida já estivesse pronta,

E toda aparência fosse verdade, traços juvenis

Na contínua sombra de quem existe, quem sofre,

Empurrando, cada qual a seu modo, rochas intemporais,

Na raiva, na inexperiência, batalhas ecoando através do tempo,

A cada degrau, eco de artefatos ancestrais,

Que ascendem na queda, atravessam o olhar

Da mesma mulher, vórtice atemporal, das

Manifestações mais profundas, forjada somente

Para sussurrar a verdade àqueles adormecidos,

Despertando para soletrar seu nome, o nome que lhe foi atribuído,

Ao compreender que sua visão é formada por água pura.

-----------------

Relâmpago sobre ossos de outrora traça

E palavras entreabertas na mulher florescem,

Entre montanhas de pedra e margens enigmáticas,

Onde verbos são suspiros, sons de oxigênio e

Gases sutis que tecem a trama do vazio,

Uma mulher, nua, mítica, de corpo em lua

E pedra alva, mãos erguidas, acolhe a água,

Qual memória corrente, pele a escorrer,

Descendo escadas majestosas, passo após passo

Trazendo consigo o tempo, espectro intenso,

Lâminas de vidas gastas, mas que ainda pulsavam,

Guardadas no pote noturno, diurno e no mesmo,

No coração das coisas, onde coisas não são coisas,

Mas seres que bebem e nos alimentam,

Ao lado, como se a vida pronta estivesse,

E toda aparência, a verdade, juvenis traços

Na sombra contínua de quem é, quem sofre,

Empurrava, cada qual à sua maneira, pedras imemoriais,

Na raiva, imperícia, lutas que ecoam pelo tempo,

Cada degrau, um eco de artefatos antigos,

Que ascendem na queda, atravessam o olhar

Da mesma mulher, vórtice atemporal, dos

Fenômenos mais íntimos, forjada apenas

Para murmurar a verdade àqueles no sono,

Desperto soletrar de seu nome, o nome que lhe coube,

Ao saber que a visão é feita da água primordia

-------------

O Relâmpago, incisivo sobre os ossos outrora vivos,

As palavras entreabertas, florescendo na mulher,

Entre as pedras das montanhas e margens enigmáticas,

Onde os verbos são suspiros, oxigênio, sons subterrâneos,

Gases invisíveis, teias a compor o vazio,

Uma mulher, nua, mítica, corpo lua, pedra alva,

Suas mãos erguidas, segurando a água, memória corrente,

A pele vertendo, como um rio de sentimentos antigos,

Descendo pelas escadas imponentes, degrau após degrau,

O tempo é um espectro intenso que a acompanha,

Lâminas de vidas gastas, ainda palpitantes,

Guardadas nos potes do dia e da noite, sempre o mesmo,

No centro das coisas, onde as coisas ganham vida,

Seres que bebem e nos nutrem, em um ciclo sagrado,

Ao lado, como se a vida já estivesse traçada,

Cada aparência carregando verdades juvenis,

Na sombra contínua daquele que existe e sofre,

Empurrando, cada um deles, pedras ancestrais,

Na raiva, na imperícia, as lutas ecoam através do tempo,

Cada degrau, um eco dos artefatos da vida,

Ascendendo na queda, atravessando o olhar,

Da mesma mulher, um vórtice atemporal,

Dos fenômenos mais íntimos, forjados para isso,

Murmúrios da verdade para aqueles adormecidos,

O nome soletrado ao despertar, a visão como água pura,

Assim o poema flui, entre o etéreo e o concreto,