SEM — 2h11 —

Caminho, mas imóvel, entre a alameda vazia,

mergulhado nos intestinos sinuosos das duas,

e na penumbra que embaça e altera as alturas

da sombra redesenhada no contorno da linha.

E não sei bem do meu verso — se o alço à grua

do morro e à sua visão hemisférica, lá de cima,

porém sem entender ainda o que é arquitetura

do poema, o biombo do poeta e a luz da poesia.

Tenho o ofício de cerzir, sem ponto nem agulha,

as palavras na vida: e sem que apareça a costura.