AGOSTO COM CHUVA
Ecoou o verso
circunstancias de agosto tem sido
aqui quando é agreste o sertão
abrasa as partículas...
O poema recita, cita!
Meu coração tão miúdo ainda estremece,
nem me admira traiçoeiro que é,
dia antes era a própria extinção, se dizendo imunizado disso.
“Que me valha Deus se eu ressuscito”.
Das fendas que se abrem fagulhas se atiçam...
Vai vindo aquilo, o ser aparece aquebrantado
e febril...
“Poesia encosta afagando, envolvendo de mansinho, com seus ruidos atiça, oi, sou eu de novo aqui “.
Vai vendo o rebuliço...
Ainda bem que sou várias
não fosse isso já me armaria,
Outra levaria á sério, mas eu, eu olho
a trajetória, e apesar da avaria agradecida...
Me acoberta esse céu arranhado
por galhos desfolhados,
é sabido, tem sido difícil acordar quando nesse cenário há tanto hibernado em mim, como se os dias passassem interligados sem alguma separação das horas, dos dias, eu ali delimitada por tantas coisas
que se tornaram limites...
Cá, meu olhar entretido na flora
dos ipês, por todo lado se vê floração...
Há movimentação do ar, temos os
ventos e sua intensidade pode variar,
de rrepente vem os jacarandás!
E quando em agosto vem chuva,
nem me lembro se algum dia foi triste.