Fronteiras do( In )Finito

 

Toda vez que eu olho o mundo

( ... Eu te vejo ... )

Do outro lado da tua alma,

Pinheiros....Orvalho...Carvalho...

Sol ... Lua ...Rua... aberta para o infinito.

 

Uma calçada de pedras portuguesas,

Linhas turquesas, modas francesas,

Marcas de batom nas tardes quentes

Tudo vivido e guardado em mente.

 

Vou perdendo-me nos horizontes,

Diante do mar dos teus olhos.

Bebo todo perfume das tuas vestes .

Embriago-me a acordar as manhãs.

 

Em qualquer lugar estarás de rubro amor.

Nada impede os silenciosos toques no (in)finito,

No (im)perfeito retoque. Estarás escarlate.

 

Nessas curvas íngremes e desertas estradas,

Um leque abre-se ao belo da paisagem.

Onde fomos sublimes?

Onde fomos entrega?

Onde abandono?

O certo é que fomos.

 

O rubro olhar de novo a cintilar, vejo.

Ele brilha ... Brilha o amor no vertical da página

E eu vou ao encontro das linhas, ao encontro delas,

A escrever poesia com as rendas do passado.