UZÁ

Tão irreverente,

provaste da ira Celeste

Imprudente servo Uzá

Nos pés a caminho

entre carruagens,

leva consigo

os rigores da teimosia

Arca sagrada,

depósito da divindade,

dada aos despojos

do impiedoso descuido

Ô, que fim tão sangrento!

teu sangue derramado

mostra o fel da desobediência

Sabedoria incongruente,

sobre os descasos do acaso

Honrosa cidadela

herdeira do trono glorioso

Teu servo David,

entre os tremores da clemência

clama a potência dos céus

Uzá, servo inútil

de ásperas rebeldias

gestastes o mal

com maldições lançadas,

entre um povo de almas revistadas

de portentosas piedades.

José Rafael dos Santos Alves
Enviado por José Rafael dos Santos Alves em 05/09/2023
Código do texto: T7878380
Classificação de conteúdo: seguro