Rio Iguaçu

Vem de uma balsa a navegar

Do rio Iguaçu uma nostalgia

Que silencia em si todo olhar

Por tanto deslumbre de magia

Pescador balançando no barco

Se guia, crente, na linha do anzol

E violeiro sentado em barranco

Canta o entardecer de cada sol

E sumindo em cada curva sua

O rio, no crepúsculo se despede

Mas quando surge a feição da lua

Sua tez, a penumbra nos concede

E quando ascendem as estrelas

Surge sempre fogueira que dança

Embalada por poesias, daquelas

Que só o rastro do rio nos lança

Rio que se contorce no estreito

Do caminho que ele mesmo cavou,

Transborda nos corações, no peito,

De tanta beleza que sua paisagem formou