Filósofa errante

É benção ou maldição

Amar a profundidade

E se afogar diariamente

Nas camadas do próprio abismo?

Onde pode depositar sua alma

Ele oferece, devotamente, seu amor

Mas, como peregrina incansável

A vida lhe é uma grande jornada

Que se mostra, muitas vezes, árida

No deserto nasce flor?

Queria ver o céu como um espaço

Sem tantas indagações e filosofias

Não queria ser tão idealista.

E ver a vida, apenas, como vida

Simplesmente o ato de respirar

No entanto, vive a pensar:

Será que há algo além dos dias?

Não sei porque existo

Ou quando vou embora

Porém, quando chegar a hora

Espero que encontre respostas

Para tantos questionamentos.

E que a luz superior alivie

Essa alma filósofa e atormentada

Que há tanto tempo, empenhada

Vive de pensar em porquês

Sem sentir-se saciada.

Viviane maria
Enviado por Viviane maria em 09/09/2023
Código do texto: T7881198
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