SANTA IGNORÂNCIA

SANTA IGNORÂNCIA

Visito-me

Na minha santa ignorância

Viajo-me

Por tempos idos

Na cabeça pruridos

Feitos malfeitos

Acumulam-se sem jeito

Destoando o hoje

Do tempo de ontem

Em que tudo era nada

A vontade era sem fronteira

Obra inacabada

Sem eira nem beira

O passar do tempo

Virou escombro

Um dar de ombros

A tudo e todos

Afinal de nada serve

Para que verve

Se morre na treva

E em nada enleva

O hoje que se carrega

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 10/09/2023
Código do texto: T7882103
Classificação de conteúdo: seguro