Minha selva

Na minha sala comedido\

Se fico ofendido\

Com as aberrações do que\

Aqui de cima me ponho a lembrar ou ver\

Mesmo no meu laconismo\

Não consigo me conter\

Lembrar, que desde a escravidão\

Esse nosso povo não tem sossego não\

São promessas infundadas\

Democracia furada\

E agora esse novo padrão\

Não posso dizer nada\

Que tudo é discriminação\

Até se me aproximo de alguém\

Com o meu coração\

Se ela, a principio não quiser, é importunação\

Se quero, tenho que contratar um assistente virtual\

Pro meu encontro de casal\

Essa globalização, só atende a ideologias\

Quando não é consumismo de um materialismo\

De uma vaidade, são imposições\

Como ideia de renovação \

De tanto modismo\

Porque tenho que aceitar\

A ordem dessa assessoria\

Concordo que tem que se alinhavar\

Certos excessos\

Respeitar o espaço é a palavra\

Mas posso pelo menos me permitir decidir\

Exprimindo o meu desejo\

Se continuar assim, onde iremos parar\

Só pode ser pra mascarar\

O fim desse tropeço\

Vejam só o que a lei\

Sem falar, tem pra agir\

Se por isso que está aqui/

Vão criar uma nova lei\

Sobre a lei, pra eu receber um salário digno\

Será que vão finalmente implantar o imposto\

Que o rico pague mais\

Pra equilibrar os designos/

Quem sabe os bancos se compadeçam\

E desçam juros, pra gente poder\

Menos se endividar\

Porque tanto se faz, que eles cresçam\

Mas não obedeçam\

Quando o governo finge mandar\

Tem tanta coisa errada\

Que poderia ser consertada\

Pra gente bem viver\

Mas eles insistem, apenas em popularizar\

Uma comédia, que o rei\

Desse sistema ordena\

Como arbítrio de uma eternidade\

Que há anos ocupa esse lugar\

Se protestar, vão sangrar\

Mas como em outros tempos\

De nada vai adiantar\

Por isso, talvez, que eu até evidencie\

Mas calo, porque até hoje nada muda\

E as minha forças não vão além da bermuda/

Se eles não querem mudar\