***CAOS***
cala a carne nas entranhas do desejo
como sombra que vaga solitária
sem corpo, sem forma, nos alqueires
encoberta por trapos desbotados
onde o grito sufocante se abafa...
como um balaio disforme e surrado
viaja pelo tempo que não passa
se rasteja, minguada, pálida, desnuda
onde o aportar é quase partida
e o começo, o princípio do fim...
poesia do caos, dos apartados
de gemidos frígidos e debilitados
vez em quando relembrados
na exaustão da insistência desmedida
de reviver um passado ultimado...
Nikitita... a poetinha de Niterói