***CAOS***

cala a carne nas entranhas do desejo

como sombra que vaga solitária

sem corpo, sem forma, nos alqueires

encoberta por trapos desbotados

onde o grito sufocante se abafa...

como um balaio disforme e surrado

viaja pelo tempo que não passa

se rasteja, minguada, pálida, desnuda

onde o aportar é quase partida

e o começo, o princípio do fim...

poesia do caos, dos apartados

de gemidos frígidos e debilitados

vez em quando relembrados

na exaustão da insistência desmedida

de reviver um passado ultimado...

Nikitita... a poetinha de Niterói

Angela Oliveira
Enviado por Angela Oliveira em 13/09/2023
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