“Desemaranhar de gatilhos”

Meu amor pulsa por você, irmão

É perturbado, desajustado,

Transando soluços e sonhos baratos

Mestre-sala entre alas trazendo solução.

Uma hora pimenta que arde, invade

Incendeia as borboletas no estômago

Noutra pés e chão, pitada de ponderação.

Não é falha minha ou desarme da intuição

A fagulha estopim do desprezo em momento de depreciação

É só a quantia de coisas que consiste em acumular

Dando conta ao caótico conceber da decepção

No arrasto deserto pela maré da multidão.

Embora envolto de carne e conselhos

Demanda hormônios pra expulsar demônios

Retocar a calma, o respaldo e o poder do perdão

Regulando processos comportamentais.

Coisa que bateria de exame não identifica

Feito dosagem defasada de vitamina, mas

Também te danifica. Pra doença da alma

A cura em colheradas diárias de compaixão

Colo, abraçaço, conforto apertado entre os braços

Cuidado encontrado de graça na palma da mão.

Mãos e olhos que ocupados com celulares

Queimam células reduzindo o campo de visão, não detém atenção.

Corpo ereto não sustenta só de pão

Cabeça e coração saudáveis também não.

Lançando o paradigma contra a parede

Nadando contra a corrente incoerente

De quem pensa que possui a patente do amor.

Por um novo viés, que não exija permissão

Pra amar e ser amado sem que hajam exceções.

Seguimos vivenciando o enigma

A partir da próxima página escrita

Desse livro pelo poeta chamado: vida,

e nada mais.

Pablo Machado
Enviado por Pablo Machado em 20/09/2023
Reeditado em 20/09/2023
Código do texto: T7889999
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