"Asnos"

A dúvida dos outros é somente ignorância,

Em relação a mim não há reflexão profunda.

Cobram-me um "ideal" do senso comum,

Como se meu ser fosse e minha obra oriunda

Fosse nada a mais que vacância, petulância.

E nessa falta de consonância "afirma nenhum".

Haja prudência e paciência,

Pois aqueles que acham-se tão cientes de tudo

São tão somente lanzudos.

Sois a pedra bruta que se nega a depurar o ser,

Deixas os vícios irem - não ser,

Eis o homem que faz-se um na obra, porquanto,

Pergunto-te, és tudo isso mesmo no enquanto?

Theo De Vries
Enviado por Theo De Vries em 23/09/2023
Código do texto: T7892172
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