CONCLUSÃO

Para que seguir em frente,
se os passos que me levam
não deixam marcas, nem rastos,
os meus passos,
só tocam de leve a terra.

A mim, me parece seguir,
uma estrada paralela,
um desvio abandonado,
por onde sigo, calado,
sem vislumbrar horizontes,
sem ver a curva dos montes...
Sem saber o que me espera.

Para que seguir, então,
se cheguei à conclusão
de que a Vida decantada,
aquela que dizem tão bela,
para mim não abriu suas portas:
não abriu-me, sequer, as janelas.