Vitrine

 

Deixo que o balançar dos pensamentos digam

Deixo que os impactos das caminhadas decidam

Deixo que o vento nas curvas do tempo me aguçe,

Que os livros lidos sejam a cadência que pulse.

 

Nesse momento ao me lançar beijo a flor do mar

Vou com olhos ávidos, mergulho na tarde etérea 

Dialogo com as incertezas em passos leves

E entre arrepios e desafios abraço o solo a amar.

 

Eu sou uma pena que segue de alma acesa 

Deixo-me ser levada pelas mãos da natureza

Pelo cheiro do sol que aquece o sentido,

Por pessoas no trânsito interrompido, 

Elas sou eu em cada vitrine colorindo.