Ponto final na história de um poeta vazio.

Há meses que no papel não toco.

Estou cansado de definhar em meu vazio.

Caso eu não toque no papel logo,

temerei por, neste mar, afogar sem navio.

Numa feira dessas pediram-me uma ideia.

Com sentidos desordenados, travei-me.

Quebrei-me como geleia.