Anjo ao Avesso

Anjo ao Avesso

Do pejado carcás tira uma seta,

Na corda a ajeita,

— o arco entesa e curva,

Atira”

(Gonçalves Dias)

minhas asas o vento as levou

não sou nem de perto o cupido

já deixei muito coração partido

sou um romântico, um louco, sem juizo.

Cego, tenho comigo apenas o carcás

repleto de possibilidades e, aliás

lanço minha flecha sem endereço

não derrames lágrimas por mim

não as mereço

teu amor é algo sem preço.

Quem sou?

sou apenas um anjo ao avesso.

Fernandes Oliveira

Poeta Fernandes
Enviado por Poeta Fernandes em 25/12/2007
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