ESTE POEMA ESTÁ FORA DA ÁREA DE COBERTURA

Enevoado, o poema voou a fim da noite, agora,

E de onde nem eu mesmo poderia ser hóspede

Do breu fumaceiro deste calabouço sem portas

E que alimenta o abafamento escuro das horas.

Rabisquei as coordenadas da aurora. E pus fora

Os tempos dos sinos. Tudo está estanho ou ocre,

Ou âmbar avermelhado ou limão-cravo ou cobre,

Lá sob a luz de guarda-chuva invertido do poste.