do poeta, a raíz e o tempero / 13 (aos meus amigos e aos meus leitores)

Aos meus amigos, aos que me lêem e em particular a todos quantos contribuiram para o meu regresso ao "Recanto das Letras", dedico este poema.

Nunca serão demais as palavras do meu reconhecimento pelo vosso apoio, pela vossa estima e, sobretudo, pela amizade que, alguns, frequentemente, me testemunham e dedicam.

Bem-hajam!

Sem vocês, o meu mundo seria um triste e profundo silêncio.

Aqui fica o "eu" que, tão bem, conhecem, no último poema do ano.

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destapo a hipocrisia, aceno a raiva, bebo a revolta,

movo o estático, cuspo o espanto, imprimo a palavra,

grito a voz...

destapo o movimento, refuto o articulado,

o susto perplexo, a ressaca incontida,

o dia latejado, o adorno presunçoso,

o desejo alfinetado, o aprumo do gesto,

o sorriso da memória...

em tudo me destapo, em tudo sou nú,

no pretérito imperfeito,

no presente do indicativo.

26 de Dezembro de 2007

14.50h

com registo na SPA