Desespero
Ouvi o eco
Ao longe
Percebi a sede
Do teu e do meu desejo
No tocante daquele instante
Minhas vísceras que chamam teu nome
Meu desespero
Tua ferida
Empresto aos anjos o meu amor
Que preparam a canção a teu favor
Que não se espante diante do fervor
Da imensidão da minha dor
Que por tanto te adorar
Não soube esperar
E na angústia da sofreguidão
Morreu de tanto amar
Não pude ser sozinha
Que me perdoe
Que me acolha
Que me recorde
Que me folheie
Que se encontre
Que se acalme
E que venha ao meu encontro...
E que no desespero desse momento
Seus braços me ofereçam a paz e a eternidade.