SOU FEITO DE CAOS E PEDRAS
Falo das coisas que vejo
Sou um poeta estranho
Vejo metáforas em beijos
Sou o que risca horizontes
Marco a carne com pontos e partidas
Traço linhas sem fim
Sou feito de caos e pedras
Moro em estradas sinuosas
Viro monstro em esquinas vazias
Falo do que vejo na alma
Sou um cego andarilho
Saio sem olhar os ventos passados
Vivo em riscos e abismos
Sou um monstro perdido no tempo
Um cara estranho, faço de uma reza, bailado
E das horas, falo sem contar o tempo.