As gotas d'água, navalha fria...

As gotas d'água, navalha fria,

Cortam sem pressa a carne da rocha

No fundo de uma gruta

Inaudita

No zero absoluto de calor, de luz e de vida;

À beira do precipício de não ser

Ponteiros denunciando o tempo

Em tic tacs

Ritmados

Coração pulsando ignorado

É quando as pedras cantam

Um Big bang

Renovado

Espocando a cada instante;

Sombra da sarça ardente

Na caverna de Plantão sem ninguém

Olvidado

Ou não

Tudo o que há proclama o mesmo

Porque existir

É

Em Deus

David Ariru
Enviado por David Ariru em 12/11/2023
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