O Ser e o Universo

Num canto longínquo surgem as inquietantes indagações:

Sobre quais ilusões agora vivo?

Quais coisas valorizo pelo mero tumultuar do coração?

Estático num desmoronamento existencial, observando o céu, afirmo:

Centenas de estrelas tremulando na tela negra de fundo,

O mundo, esta formação de gases comprimidos,

Localizado no mais íntimo de uma minúscula consciência (a minha).

E eu refletindo sobre os porquês de tudo ao redor.

Nascer, procriar, produzir, socializar e morrer...

Vive-se um longo tempo no cético questionamento de não

Saber por quais motivos surgiu esse comboio existencial.

Ao vértice da dúvida, na profunda questão cosmológica, a pergunta primordial:

Por que existe algo (seres, universo, vida) ao invés de nada?

Por mais que as ondas das incertezas quebrem uma a uma,

Que pareça que a vida é coisa nenhuma, grão miúdo,

É nessa praia de areias vazias que criamos um sentido,

Deixamos valores e motivos que aqueçam o frio da existência.

Por mais duros e absurdos que sejam os caminhos,

É o homem que escolhe os sentidos para suportar o peso do mundo.

Dennis de Oliveira Santos
Enviado por Dennis de Oliveira Santos em 01/12/2023
Reeditado em 01/12/2023
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