FLOR E INFERNO

Queimo meu peito com as palavras que faço

Faço labaredas que dançam melodias estranhas

Minha alma sedenta, arde brasas que sinto sem cessar

Escrevo sonhos alados que voam sem direção

Sou minha própria chama queimando por dias que passam sem parar

Tenho vagado por horas e mexido neste tempo sem fim

Tenho feito planos e rasgado caminhos traçados pela história

Sigo olhando jardins e criando mundos com meus versos secos

Arranho a garganta com os espinhos do que digo

Abro meus olhos e vejo traços do que fui um dia

Hoje, sou flor e inferno dançando no que chamo de vida.