PALINDROMIA

Entre leituras simétricas,

o reverso se revira

em verso

como

uma arara que pia,

como um jeito novo

e repetido de se

fritar esse ovo

no raiar do dia.

Como Ana,

em sua aba,

na baia,

com a aia,

a bia!

Como o ônibus

em Marrocos

no qual subi

e pedi SOS,

como nós,

tão sós,

no SUS

sob a

luz azul,

nos azuis,

da ala fria.

Como ele

tão oco,

a rir

nas salas,

das saias ..

A sacada da casa,

é seu radar

para

reviver,

e reler,

quando roer

o osso

da sua palindromia.

Leonardo do Eirado
Enviado por Leonardo do Eirado em 25/12/2023
Código do texto: T7961499
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