ÁRVORE DE NATAL
 
Bem no centro da sala
ergue os galhos com graça
esquecida de tudo:
os problemas do mundo
ficam todos lá fora,
pois cá dentro é rainha,
dominando sozinha,
os que chegam e os que moram.

Está vestida de sonho
com as roupagens mais ricas:
tem  pingentes de ouro,
tem correntes de prata,
que ofusca e arrebata,
só pra ser mais bonita.

No seu porte altaneiro,
há um tom companheiro
conclamando, chamando,
os amigos presentes
a se darem as mãos
pra fazer a oração,
não importa se é crente
ou, acaso, pagão.

O que importa pra gente
é, em verdade, a união
que nos faz como irmãos
neste instante que encanta,
quando a voz se levanta
entoando  a canção,
a canção magistral
à noite de Natal.

 

 

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