Macho escroto é a mãe

Paparam minhas léguas,

Minha parca consciência,

Levaram meu cachorro

Comeram minhas batatas

Minha mulher...

Apertaram-me o nó

Da gravata um tanto...

De sufocar um Deus.

Nas bravatas não mexeram

Minha depressão, nem viram...

Meus muitos vícios

Como se eu fosse um Vinícius...

Nem notaram a minha dor

Ainda querem o dinheiro

Aquele que eu não tenho.

Minhas verdades,

Meus desejos de paz?

Pra eles, tanto faz.

Mas fuçam mentiras feito porcos

Em pocilgas de cetim.

Eu, macho escroto,

Um quase mulher desenganada

Das lésbicas, das Amazonas,

Das famílias e das zonas.

carlinhos matogrosso
Enviado por carlinhos matogrosso em 05/01/2024
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