Espuma de amor

Espuma de amor

Contavas em brincadeira os elos da espinha dorsal

Numa reconciliação que esperei até hoje afinal

As horas que perdi numa lenta ausência saudosa

Hoje sonho o que esperei numa espuma amorosa

Pouco importa os desalentos dos passados

Por entre estes sais balsâmicos perfumados

Um quarto com essências de amor dispersas

O sabor de um beijo na rubra volúpia das esperas

A simplicidade das delicadezas ao pormenor

O corpo sedoso num dourado em fulgor

Um sentimento novo que lateja novamente

Num corpo que se deseja e te vive docemente

E no céu azul do quarto com vista para o mundo

Há uma janela que te procura num olhar profundo

Luísa Rafael

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Porto, Portugal

Luísa Rafael
Enviado por Luísa Rafael em 07/01/2024
Código do texto: T7971155
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