Cemitério De Canetas
Que beleza tem o céu no Outono da tristeza!
Ou a pomba que cruza
E mergulha em seu voo.
São tempos difíceis,
E o céu, tampouco, responde com beleza!
A brisa do Verão partiu despercebida,
Por pouco.
Talvez a virgindade da poesia
Não esteja ligada à música -
Nem com canetas mortas...
Mas com suas tintas, talvez.
Tintas que descrevem cemitérios,
Ruas
E afins...
Lugares.
Aves que vão e que não vêm,
Que pousam nas lápides alheias.
Canetas mortas que tentam dar vida a algo -
Ou alguém.
Alguém...