Cemitério De Canetas

Que beleza tem o céu no Outono da tristeza!

Ou a pomba que cruza

E mergulha em seu voo.

São tempos difíceis,

E o céu, tampouco, responde com beleza!

A brisa do Verão partiu despercebida,

Por pouco.

Talvez a virgindade da poesia

Não esteja ligada à música -

Nem com canetas mortas...

Mas com suas tintas, talvez.

Tintas que descrevem cemitérios,

Ruas

E afins...

Lugares.

Aves que vão e que não vêm,

Que pousam nas lápides alheias.

Canetas mortas que tentam dar vida a algo -

Ou alguém.

Alguém...

Thiago Lazzari
Enviado por Thiago Lazzari em 08/01/2024
Código do texto: T7971739
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