"Calendário Brandiniano" = Será que é humor?=
Janeiro, o mês primeiro
De uma outra etapa fugaz
Que só com o de fevereiro
É que dá aquela rima capaz
Fevereiro, êta mês curto
Que passa sempre voando
Rápido, veloz como um surto
Está sempre nos espantando
Putz! Em março já estamos!!
Um quarto do ano já era!!
Mais outro ano acumulamos
De repente chega a primavera...
Abril, mês de nome bonito
Tem um dia de Tiradentes
Herói, e sempre bendito
O mártir dos Inconfidentes
Logo será maio, abençoado
Trabalho, Dia das Mães, a Fé
Quase que ao Natal igualado
Pelo consumo no mesmo pé
Junho, das festas juninas
Balões, fogos, fogueiras
Os avós saudosos das meninas
Que antes eram apenas faceiras
Julho, das férias, das viagens
Dos aeroportos congestionados
Das rodoviárias e as bagagens
Mês do êxtase dos folgados
Agosto tem o Dia dos Pais
Que ao das Mães não se compara
O comércio vende um pouco mais
(Mãe desconhecida é mais rara...)
Setembro lembra a primavera
A estação das belezas mil
Nono mês do ano que quase era
(Dos quais cinco se trabalhou no Brasil)
Outubro, o pré Natal da criança
E de Nossa Senhora Aparecida
De quem dizem que com fé se alcança
Até mesmo graça imerecida
Novembro parece um nome sizudo
No qual se comemora “Finados”
Elogios aos mortos, esquecemos tudo
Que em vida fizeram os desencarnados
Dezembro, mês do comércio total
Tudo é festa, tudo é consumo, tudo é fé
Para isso foi inventado o Natal?
Jesus? Muitos nem se lembram quem é.
Dedicada à minha muito cara amiga
Ângela R. Oliveira, que me deu o mote para
estas rimas, e a quem conhecer, virtualmente, foi
uma das boas coisas deste ano que acaba
amanhã.