Tempos Modernos e Velhas Roupagens

 

Não estou esquecendo de nada 

Desde o simples respirar, constante, 

Nos corredores da casa, nas ruas ensopadas, 

Nas cidades barulhentas ou no quarto quente

Quando quando há ofegantes formas de amar.

 

Não estou lembrando de nada tão forte

Para não eletrocutar a massa céfalica 

O temor é roer todas as unhas em frente,

Em frente ao fogo dos tempos modernos 

E os fantasmas assombrarem a oca.

 

Não, não perdi o cartão digital o qual pago

A passada dada rumo ao futuro em parvo cais

A multifacetada hora do presente dado

E a peripécia do descaso devolver a mais.

Só mostra-nos que não foi possível o afago.