Espero pacientemente por ti!
Fui pedir um conselho à minha própria angústia.
Quis pedi-lo à felicidade, apesar de estar ausente,
mas foi a crueldade da saudade com toda a astúcia,
que para lá me encaminhou, esvaziando-me a mete.
O amor, a paixão e o desejo, estavam adormecidos.
Arrancaram-lhes tudo, tudo…tudo o que sentiam por ti.
Páginas inteiras de rascunhos inacabados e perdidos,
escritos em cada lágrima de sangue que por amor perdi!
A esperança caminhava maribunda e ela própria angustiada!
A carne proibida pela razão dos outros, de reaprender a amar!
A sombra do perfume da pele desnuda, iluminada e marcada,
pelos dedos hirtos e excitados, é memória proibida de guardar!
Espero pacientemente por um sinal teu, meu amor!