Meu caro Poeta.

Ah! Meu caro poeta...

Perco-me em sua leitura

Onde um pensar manuscrito

Reflete uma vida tão pura.

 

Como dizer-se ridículas

Palavras sobre um sentimento

De amor, que assim declarado,

Expressa uma dor, um tormento...

 

Pois amar é mesmo assim...

São dores em aluvião,

Que inundam a mente de sonhos

E bombardeiam a razão...

 

Não é risível o amor

Venha de onde vier,

Seja ele de quem for,

E o receba quem puder.

 

Não é uma zombaria

Um querer que mora no peito

Amar é uma iguaria,

Um alimento perfeito!

 

De alto teor nutritivo,

Nada tem de irrisório...

Venha ele de Platão,

Ou, seja ele... Ilusório.

 

O amor pertence a quem sente,

O a quem dele usufrua...

Amar - Verdade latente!

Amar - Esperança nua!