No instante em que o nada

No instante em que o nada

Toca o coração das válvulas

Desprende-se do éter

O silêncio das explosões

Sofrem os corações

Dos que esperam

Algo mais do que o latido

De um cão abandonado

Toda lágrima se parece

Com um sino enferrujado

Calam-se os gritos

Luminosos dos naufragados

Onde longe ardia

Uma chama de esperança

Agora resta oculta

A lápide de uma sentença

Paulo Luna
Enviado por Paulo Luna em 30/01/2024
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