PAZ

PAZ

Sob uma lua de alabastro

A pouco de surgir o grande astro

Na ilusória paz do momento

Vai surgindo no pensamento

O aproximar da (in)finitude

No despertar dos pardais em festa

Na majestosa sibipiruna que ainda resta

Nos idos da vívida juventude

No agora da caminhada quieta

O ciclo quase completo

Neste lugar complexo

Esperando a ordem de partida

A canção de despedida

Sem qualquer anseio

E ao olhar o romaneio

Feliz com a carga diminuta

Que carrega após anos de labuta

Traz apenas o essencial

Tal qual na estrofe acima

O tal canto do pardal

Saudando o despertar

Para um novo dia

E cantar de novo no ocaso

E se possível ao acaso

Sem ironia

Partir agradecendo a cortesia

Da vida um arraso

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 05/02/2024
Reeditado em 05/02/2024
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