FRAGMENTOS.

Esquivar da dor de um sentimento

é como retirar espinhos invisíveis na carne,

a agulha perfura e sangra, e atinge o coração cadáver.

Na alma a dor pulsa e rasga

Vai desconstruindo as ilusões do pobre,

E na dança do lobo acuado reina

a última esperança da cruel batalha.

Na futura luta da noite Que ameaça

Vai surgindo os monstros no quintal da alma,

E ao apontar a primeira estrela num céu virgem,

Geme o açoite de cruéis pontadas.

Neste tempo louco em que reina a alma,

Uma vida é pouco para amansar um touro,

Que viveu comendo em tão verdes prados

Sem saber que a vida é buril de aço.

Angelo Dias
Enviado por Angelo Dias em 05/02/2024
Código do texto: T7992753
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