"O Ciclo do Finito"
“O Ciclo do Finito”
Eis o círculo inevitável de todos:
Do sono ao sonho; do despertar ao sono,
Do sonho que advém do sonho, sonâmbulo.
Da imaginação à resignação fatigada.
O eterno é a maior ilusão do homem,
Imortal de alma e de esperança,
Restrito à passagem mansa.
Da serenidade à desilusão exasperada.
Não somos apenas o pó que retorna ao pó,
Somos também a utopia que se estilhaça,
E a areia que se perde na ampulheta temporal.
Da razão ausente à percepção do nada.
Ao longe, a brisa leve sussurra as verdades inauditas...
Maurício Muriack, 06 de fevereiro de 2024.