A Vida a Galope 

 

Varrem-se as ruas tão empoeiradas e frias,

Varrem-se as ruas entre tristezas e alegrias,

Varrem-se as ruas quentes e solitárias 

Varrem-se tudo de um muito ao nada.

 

Na multidão das ruas respira-se a galope

Na multidão das ruas nem tudo é trote

Na multidão das ruas passam a morte e a sorte 

Os sonhos de olhos esbugalhados, o golpe.

 

O destino toca na esquina escura da rua,

Nas praças passados, saudade toda nua

Nas vestes corpos, histórias minha e sua,

Mentes históricos que se perpetuam.