SÃO TANTAS IDAS E VIDAS
São tantas idas e vidas
Nem sempre volto aos meus pontos
Sou feito um poema escrito sem rumo
Às vezes, passo por sonhos e sinais fechados
Noutros dias, sou minha própria contramão
Troco de roupa, visto -me de linho e azul marinho
Saio descalçado pisando em estradas vazias, ainda que repletas de multidões
Lanço botes ao mar, tentando ( inutilmente ) salvar-me dos monstros que em mim rodeiam tentando devorar todos estes que penso ser.