Silenciosa e profundamente hoje...

A efemeridade do tempo

nos diz da impermanência da vida.

Há sempre a possibilidade

de hoje ser a última vez

que vemos ou falamos com alguém

(e como eu sei bem disso)...

 

Devíamos cultivar

viver de coração aberto ao outro,

como se aquele fosse o último dia

ou momento de nossas vidas.

 

No entanto, somos egocentristas demais

e temos medo de abraçar,

de amar e dizer que amamos,

de sinalizar ao outro

o quanto ele é importante para nós...

 

Quero dizer que te amo,

te abraçar forte,

silenciosa e profundamente hoje,

que é o tempo que tenho.

 

Amanhã pode ser tarde demais...

 

Pintura: Monika Luniak