Às vezes é preciso uma pausa
Eu que já estava equilibrada
Me vejo em queda
Pois faz parte do próprio eixo se desequilibrar em alguns instantes
A pedra que às vezes fica dentro do sapato
Incomodando e machucando
É sinal de onde devo olhar
A dor também quer dizer algo
Eu tento decifrar
Enquanto ela se intensifica
É trabalho árduo voltar para a tranquilidade
Tenho tanto trabalho pra fazer, minha produção artística está atrasada
Essa inércia não é preguiça é uma melancolia que puxa para as minhas questões
Entendo que devo deixar um pouco o trabalho suspenso até me resolver
Parar de me esconder atrás dos méritos
E encarar minha própria batalha
Meus medos, minhas dores, minhas fugas
A mulher esquecida entre os livros e as canções
Vou dar uma pausa
É tanta informação
Tantos convites
Tantas mensagens
Eu nem consigo analisar tudo
Vou voltar pra mim, até eu entender um pouco
Até a cura me abraçar
Me rendo
E compreendo que amor não é fraqueza como eu pensava
É seu revés
É a própria força, motor e potência que movimenta a vida
Chegou meu momento de aceitar e dar chance pra quem realmente quer me amar
É o momento de me organizar
E me permitir ser o lar de alguém, na troca bonita da jornada da vida, partilhar
Olhar com delicadeza os detalhes, as pessoas
Dar um tempo pra mim
Acalmar meu coração
Que aflito me pede atenção