Às vezes é preciso uma pausa

Eu que já estava equilibrada

Me vejo em queda

Pois faz parte do próprio eixo se desequilibrar em alguns instantes

A pedra que às vezes fica dentro do sapato

Incomodando e machucando

É sinal de onde devo olhar

A dor também quer dizer algo

Eu tento decifrar

Enquanto ela se intensifica

É trabalho árduo voltar para a tranquilidade

Tenho tanto trabalho pra fazer, minha produção artística está atrasada

Essa inércia não é preguiça é uma melancolia que puxa para as minhas questões

Entendo que devo deixar um pouco o trabalho suspenso até me resolver

Parar de me esconder atrás dos méritos

E encarar minha própria batalha

Meus medos, minhas dores, minhas fugas

A mulher esquecida entre os livros e as canções

Vou dar uma pausa

É tanta informação

Tantos convites

Tantas mensagens

Eu nem consigo analisar tudo

Vou voltar pra mim, até eu entender um pouco

Até a cura me abraçar

Me rendo

E compreendo que amor não é fraqueza como eu pensava

É seu revés

É a própria força, motor e potência que movimenta a vida

Chegou meu momento de aceitar e dar chance pra quem realmente quer me amar

É o momento de me organizar

E me permitir ser o lar de alguém, na troca bonita da jornada da vida, partilhar

Olhar com delicadeza os detalhes, as pessoas

Dar um tempo pra mim

Acalmar meu coração

Que aflito me pede atenção

Bárbara Rosa
Enviado por Bárbara Rosa em 18/02/2024
Reeditado em 18/02/2024
Código do texto: T8001659
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