Poevivência

 

Arranco de mim as palavras que registra a vida

Por outro lado capto do mundo a dor varrida

A poesia é a vida correndo rio abaixo,

Outras horas correndo num mar bravio.

 

Arrasto de mim o melhor e entrego as ruas

Falo do pai, dos filhos, dos irmãos, do mundo

Cabe tudo entre metáforas e vivências

Cabe tudo na corrente a tecer o desejo.

 

Cabe a flor, a lua, a saudade, o sol e a dor

Arranho compor a cura da alma, traço a ilusão,

Mapeio a felicidade na íris dos olhos, e brilho,

Porque poesia é o começo e fim do meu avesso.