Entre asas

Borboletas voam sobre mim

Pousam na minha perna, na minha mão, no meu sapato

Logo sinto que para além das estações amargas

Algo sente nossa doçura

Sou leve como as asas delas

Mesmo que às vezes sou uma pata de elefante fincada no chão do quarto

E essa ambivalência vai se contrastando

As borboletas me sopraram coisas quase inaudíveis

Quase

Alegraram meu dia

Porque me senti vivendo o extraordinário momento que passa

Estava triste com os desencantos com as desilusões

E as miudezas acalmaram um pouco do meu pequeno coração

Feito de carne e pulsões

Quando sinto, não sinto pouco, não sinto pela metade

E esse sentir tão profundo que arde

Mostrando algo que não enxergo ainda

Devo aprender algo

Algo sobre como reajo

Sobre as sensações que me atravessam

Bárbara Rosa
Enviado por Bárbara Rosa em 23/02/2024
Código do texto: T8005259
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