Anima Stans

interludio... simples entreponto nesse vale desencantado...

assim me componho, desses sonhos adormecidos, dessas pétalas deslocadas

tão infame me ponho a lograr essas palavras, indo em busca do que buscar

certamente me condeno por crimes não cometidos e me arrependo por ter arrependimento

essa doce libélula voa e singela tinge o vácuo da minha história

haviam certas frases que interlocucionavam o inadmissível

e espelhos dentro da alma, refletindo faces da imensidão

haveriam sempre dúvidas e questionamentos

mas teria que haver uma razão pela qual acordar todos os dias

eu quero isso, essa chama alimentadora, essa inconsequencia coerente

esses simbolos de paz que geram a guerra pra gerar paz

filhos do vento, indo em direção oposta ao amanhecer

quero sentimentos reais, feitos de ilusões materiais... iníquo realismo

sim, aqui sou rei, nesse meu reino de silencio e frio

morri com cada estrela que caiu, com cada flor que nasceu

chorei vendo seus primeiros passos, pois eles te distanciaram de mim

como a luz que eparge vida nas sombras, vc se desfez do elo...do elo eterno

são impuros lábios, os que contam esses desvaneios....

mas são puros sonhos, os que nascem desse sacrifício...