Doença Urbana
Doença Urbana
A alegria que se faz presente
anestesia a tristeza fremente,
mas machuca o peito carente
do homem de alma latente.
Abraçado pelo braço da cidade
sente o calor que não acarinha
do amor sem afeto e demente,
que ilude e mascara a alegria.
A poesia que não foi escrita
revela a dor crua escondida,
que mingua na face serena,
o coração que já padece.
Acometido do mal urbano,
caminha pelo beco escuro
e afoga no drinque maldito,
a vida que perdeu o brilho.
Anderson Aguilar