Inferno II

Inferno II

Como o bico do abutre maldito

pincelando a carcaça já sem vida,

num duelo aparente com a morte,

pensamentos rasgam sua mente.

Apodrecido na alma, o pecado

viaja invisível nas entranhas

da tortura agonizante e eterna

que dilacera a carne infecta.

O sangue negro que inunda

a artéria, alma física do corpo,

espalha o vírus do terror como

se fosse a erva maldita do mato.

O miserável ser transformado,

vive o embate eterno na peleja

que marca o contra ponto da

alma que rejeita a maldição.

01/06/06 Anderson Aguilar