Somos Aqueles que Morrem de Amor

Somos os magos do absurdo,

Os arquitetos da fantasia.

Queremos sempre saber de tudo,

Fazer do mundo uma poesia.

Buscamos sempre o que não podemos,

Os caçadores da perfeição.

Perdemos vidas e não morremos,

Não temos alma, nem coração.

Somos o tempo perdido no espaço.

Vivemos nas sombras que a noite oculta.

Guerreiros de pedra com peito de aço.

Somos poetas, não temos culpa.

Aqueles que vêem o que mais ninguém vê.

Temos a chave do portão do infinito.

Tristes profetas do não saber.

Fazemos silêncio diante de um grito.

Só nós conhecemos a verdade mais pura.

Contamos sorrisos num mundo de dor.

Portamos um vírus pro qual não há cura.

Somos aqueles que morrem de amor.

Doador de Poemas
Enviado por Doador de Poemas em 02/12/2005
Código do texto: T80154