Somos Aqueles que Morrem de Amor
Somos os magos do absurdo,
Os arquitetos da fantasia.
Queremos sempre saber de tudo,
Fazer do mundo uma poesia.
Buscamos sempre o que não podemos,
Os caçadores da perfeição.
Perdemos vidas e não morremos,
Não temos alma, nem coração.
Somos o tempo perdido no espaço.
Vivemos nas sombras que a noite oculta.
Guerreiros de pedra com peito de aço.
Somos poetas, não temos culpa.
Aqueles que vêem o que mais ninguém vê.
Temos a chave do portão do infinito.
Tristes profetas do não saber.
Fazemos silêncio diante de um grito.
Só nós conhecemos a verdade mais pura.
Contamos sorrisos num mundo de dor.
Portamos um vírus pro qual não há cura.
Somos aqueles que morrem de amor.