A luz

A luz nasce como uma planta,

Como uma semente entediada do escuro,

Como a casa abafada que busca o ar.

Será luz enquanto labuta na traqueia de alguma raiz empedrada?

Ou, quando atrás de uma vidraça escurecida não pelo tempo,

Mas pela ausência de vida que torna o tempo reprimido!!

Mas há de ser esse tempo redimido! renovado! desvirginado! deflorado!

Assim, como o amor que se deixa ser tocado,

Para que a luz, nele, ceda ao seu recado, pois é dele, esse filho, que todo ventre carrega,

esse ventre que habita todas as coisas,

Cuja luz é o seu filho mais esperado, ou que nele habita e para ele brilha,

que é seu, que lhe treme, vibra, espreme e anima de esplendor tudo que lhe percorre,

artérias, veios, pulsos, onde ínfimos desejos perambulam e povoam

Sua própria vida, ainda que profunda seja sua morada!

Como esse lugar no fundo das sombras onde, a luz prometida,

Esperada, aguardada, não nasce do nada, está em todo lugar, já! inclusive

Empacotada no interior de algo que não sabe dos vendavais mais louváveis,

do prazer de uma lufada de ar quando o corpo, colapsado, em estafa e cansaço

não mais se comove como as coisas que são breves!?

O que seria da luz se não houvesse, no seu fundo, o segredo mais distante?

De onde vem a sombra incontrolável e intemporal? A luz é luz é antes e depois

do obstáculo mais preciso e até quando se esbarra na condição mais inexata.

A luz embaixo da terra tem seu grito iluminado, encapsulado pelo medo e encorajado

Pelo desejo, e alucinada por uma saída. A luz da noite é a mesma dessa do dia,

E essa que, mesmo na queda mais escandalosa, ainda se faz acordada,

como a criança que, por ser graciosa, não perde a graça, a luz desarma o carvão mais audacioso, e, frequentemente, e excentricamente uma dançarina na alvorada da relva!

Ilumina não só o ferro que o ferreiro malha, mas expulsa a névoa que lhe a cabeça abate.

Ferreiro, que naquele momento que sua arte deflora, ele tanto o alvo, o arqueiro, e o agora.

A luz nasce como uma planta,

Como uma semente entediada do escuro,

Como a casa abafada que busca o ar.

A luz será luz enquanto labuta na traqueia de alguma raiz empedrada?

Ou, quando atrás de uma vidraça escurecida não pelo tempo,

Mas pela ausência de vida que torna o tempo reprimido!!

Mas há de ser esse tempo redimido ! renovado ! desvirginado ! deflorado!

Assim, como o amor que se deixa ser tocado,

Para que a luz, nele, ceda ao seu recado, pois é dele, esse filho, que todo ventre carrega,

esse ventre que habita todas as coisas,

Cuja luz é o seu filho mais esperado, ou que nele habita e para ele brilha,

que é seu, que lhe treme, vibra, espreme e anima de esplendor tudo que lhe percorre,

artérias, veios, pulsos, onde ínfimos desejos perambulam e povoam

Sua própria vida, ainda que profunda seja sua morada!

Como esse lugar no fundo das sombras onde, a luz prometida,

Esperada, aguardada, não nasce do nada, está em todo lugar, já! inclusive

Empacotada no interior de algo que não sabe dos vendavais mais louváveis,

do prazer de uma lufada de ar quando o corpo, colapsado, em estafa e cansaço

não mais se comove como as coisas que são breves!?

O que seria da luz se não houvesse, no seu fundo, o segredo mais distante?

De onde vem a sombra incontrolável e (a) intemporal? A luz é luz é antes e depois

do obstáculo mais preciso e até quando se esbarra na condição mais inexata.

A luz embaixo da terra tem seu grito iluminado, encapsulado pelo medo e encorajado

Pelo desejo, e alucinada por uma saída. A luz da noite é a mesma dessa do dia,

E essa que, mesmo na queda mais escandalosa, ainda se faz acordada,

como a criança que, por ser graciosa, não perde a graça, a luz desarma o carvão mais audacioso, e, frequentemente, e excentricamente uma dançarina na alvorada da relva!

Ilumina não só o ferro que o ferreiro malha, mas expulsa a névoa que lhe a cabeça abate.

Ferreiro, que naquele momento que sua arte deflora, ele tanto o alvo, o arqueiro, e o agora.