NOITE

Um borrão clareia

a negritude do céu

tudo é silêncio

mas minha alma grita.

Ao escurecer todos meus

monstros saem à tona,

não controlo meu ser

e viro escrava da loucura,

devassa e mundana.

A noite me cobre

de segredos e fantasias

mas insisto em me despir

desnuda em poesia

sou uma fera

a rugir

louca, santa e desvairada

rodopiando nos bailes da vida.

O dia encobre meus medos e anseios

a noite trás o véu da solidão

e embala minha alma

com o frio da madrugada,

madrugada que me inspira

amanhecer que me renega.

A noite é um manto negro

manchado de estrelas.

Josih Romano
Enviado por Josih Romano em 14/03/2024
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